Professora: Angela Boscardin Senatore

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

O ingresso no ensino superior


Uma das possibilidades para quem termina o Ensino Médio é continuar seus estudos na vida acadêmica. Entrar na faculdade pode ajudar a construir uma carreira ou a realizar um sonho profissional. Com a implementação de diferentes políticas públicas na área da educação, as barreiras para o ensino superior ainda são enormes, especialmente para o estudante pobre, negro, trabalhador, morador da periferia, mas existem programas que visam facilitar o acesso a uma universidade. Se você sonha em continuar seus estudos mas ainda tem dúvidas sobre como ingressar em uma faculdade, confira o guia a seguir:

Enem e Sisu
A prova do Enem – Exame Nacional do Ensino Médio é atualmente a principal porta de entrada para ingressar no ensino superior, seja em instituição pública, por meio do Sisu, ou privada – através do ProUni.

Sistema de Seleção Unificada (Sisu) é um programa do MEC – Ministério da Educação que possibilita aos estudantes ingressar nas universidades públicas e institutos tecnológicos através da nota obtida no Enem. As inscrições são realizadas diretamente pelo site do programa, assim como a liberação dos resultados. As vagas disponibilizadas pelas instituições de ensino são gradativamente preenchidas pelas notas mais altas. A nota de corte do Sisu funciona como uma referência para os estudantes visualizarem como estão as médias dos candidatos a um determinado curso. Essas notas são atualizadas diariamente ao longo do processo com base na nota dos inscritos. Cerca de 130 instituições, entre universidades, centros de ensino e institutos de tecnologia, disponibilizam vagas para o Sisu e outras têm esse sistema como a principal forma de seleção de novos estudantes, como a Universidade Federal da Bahia (UFBA). Confira a lista de todas as universidades que participam do Sisu

Os vestibulares que consideram apenas a nota do Enem são bastante comuns em instituições particulares, como a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Os editais desses processos seletivos, abertos ao longo do ano, não estão vinculados ao Sisu. O desempenho em edições anteriores do Exame também pode ser aproveitado, servindo, eventualmente, também para o preenchimento de vagas remanescentes. Para essa opção, costuma-se exigir uma nota mínima, geral ou em cada área de conhecimento.

Vestibular Tradicional
Diversas universidades utilizam o vestibular tradicional como processo seletivo dos candidatos. Nesses casos, cada instituição possui um calendário individual de provas, sendo necessário acompanhar as informações com cada universidade. A USP, por exemplo, utiliza a prova da Fuvest como principal seleção de novos estudantes.

A depender da instituição de ensino, o vestibular pode ser realizado semestralmente ou anualmente. É comum o exame contar com duas fases: na primeira é aplicada uma prova objetiva e, na segunda, os alunos respondem a questões abertas e discursivas, com conhecimentos relacionados à área de atuação do candidato.

De acordo com o Censo promovido pelo Guia do Estudante em 2016, das 2.056 instituições presentes no país, 1.993 têm vestibular próprio e em 622 delas esse processo seletivo é a única forma de ingresso. Das públicas, boa parte delas são universidades estaduais.

Programa de Avaliação Seriada (PAS)
O Programa de Avaliação Seriada ou simplesmente vestibular seriado é mais uma possibilidade de ingresso nas universidades públicas do Brasil. O objetivo é avaliar o estudante de forma gradativa, iniciando o processo de seleção ainda no primeiro ano do ensino médio. As outras provas são aplicadas no segundo e terceiro ano. Os candidatos são selecionados de acordo com a pontuação média obtida nos três exames. Estudantes devidamente matriculados no ensino  médio de escola pública ou particular podem participar do vestibular seriado.  As universidades que adotam o PAS também possuem regras próprias, por isso é necessário verificar as particularidades de cada edital.

Bolsas de estudo
Programa Universidade para todos (Prouni) é a mais popular delas. Criado em 2005, é fruto da parceria do governo federal com instituições particulares de ensino, e permite que os estudantes tenham acesso gratuito a educação de nível superior. A inscrição se dá pelo site oficial do Prouni. Veja mais dicas de como se inscrever clicando aqui.

Há também bolsas particulares, em parcerias com grupos educacionais ou com as próprias instituições. A seleção normalmente se dá por critérios socioeconômicos ou por mérito.

Financiamento
Quem opta pelas instituições particulares de ensino pode contar com subsídios para conseguir bancar seus estudos. O Programa de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, permite que o estudante faça o curso de sua preferência com um abatimento nas mensalidades de até 100%. O valor restante é restituído ao fim do curso, de maneira proporcional ao valor da dívida e à renda do aluno. Veja mais informações no site oficial do Fies.

Há ainda financiamentos privados, mantidos por instituições financeiras ou unidades de ensino superior.

Cotas
O sistema de cotas no Brasil foi regulamentado em agosto de 2012 através da Lei n° 12.711. O objetivo da sua implantação é democratizar as oportunidades educacionais aos estudantes brasileiros e diminuir a desigualdade social no país.

A Lei de Cotas prevê a reserva de 50%, em cada curso e turno, das vagas em universidades e institutos federais para estudantes que tenham cursado todo ensino médio em escolas públicas – no ensino regular ou na Educação para Jovens e Adultos – ou conquistado a sua certificação do ensino médio através do Encceja.

Os 50% restantes são destinados às vagas de ampla concorrência, ou seja, para quem não se enquadra nos termos estabelecidos pela legislação. Válido para os vestibulares tradicionais, o sistema de cotas também é aplicado ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade Para Todos (Prouni). Estudantes oriundos dos colégios militares também têm direito a concorrer por cotas.

O objetivo é que a lei tenha uma validade de dez anos, contando a partir da data de sua publicação, quando deverá passar por uma revisão para avaliar o funcionamento do sistema de cotas e analisar novas medidas para promover o acesso de pretos, pardos e indígenas ao ensino superior.

Para ter direito a concorrer por meio das cotas em universidades federais e institutos federais, é necessário atender aos seguintes pré-requisitos:

– Ter concluído o ensino médio em escola pública (cotas para escolas públicas);
– Autodeclarar-se preto, pardo ou indígena (cotas raciais).

Mesmo quando autodeclara uma etnia no momento de concorrer a uma vaga por cota, o estudante pode passar por um processo de investigação do Ministério da Educação (MEC), caso haja suspeita de fraude (veja vídeo no fim desse texto)

Como funcionam as cotas raciais nas universidades?
As cotas raciais são uma forma de reparar os danos ocasionados a população afrodescendente, que sofreu com os 300 anos de escravidão no país. Dessa forma, o total de 50% de vagas inclusas no sistema de cotas de cada instituição sofre uma subdivisão para atender a parcelas específicas da população. Metade dessa reserva – 25% – é destinada a estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita (por pessoa). Os 25% restantes atendem os estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio.

Em cada uma dessas porcentagens ocorre outra subdivisão com o intuito de atender a grupos historicamente marginalizados na sociedade. A quantidade de vagas para as cotas raciais nas universidades brasileiras é calculada pela instituição de ensino, que deve se basear no número de pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas no último censo do IBGE da região em que atua.

Como entrar na faculdade através do sistema de cotas?
Para ingressar no ensino superior através das cotas raciais ou sociais, é necessário realizar o seguinte passo a passo:

1) Cumprir os pré-requisitos estabelecidos para o direito às cotas;
2) Especificar no momento da inscrição que deseja concorrer a uma vaga por cota;
3) Entregar os documentos solicitados para comprovar o cumprimento das normas estabelecidas.

Seja pelo Sisu ou ProUni, o estudante deve deixar claro em sua inscrição se concorrerá às vagas de ampla concorrência ou pelo sistema de cotas. Cada processo seletivo e instituição de ensino solicita um tipo de documentação que auxilia na comprovação dos pré-requisitos, como o certificado de conclusão do ensino médio, histórico escolar, comprovante de residência, contracheque, entre outros.

https://lousanuncamais.wordpress.com/2021/04/20/ensino-superior-projeto-de-vida-3a-serie-atividade-02-2021/

ATIVIDADE PROPOSTA

Após ler o texto realize a atividade abaixo. Para resolvê-la leia as orientações com atenção. Não esqueça de colocar seu nome completo na atividade. Ao terminar click em “Finish” (finalizar). Depois selecione “Enviar as minhas respostas ao professor” e mandar para o e-mail: angela.boscardin@gmail.com

Veja na foto abaixo como fazer:


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